segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quarta dia 26 no Municipal

Mais uma vez, a programação do Municipal desta quarta alternativa.

“Apresentação do Grupo Estação do Circo com o espetáculo Extremo e oficina de técnicas acrobáticas”

Estacao-do-CircoEspetáculo inspirado no caos urbano, com uma estética limpa onde as coreografias acrobáticas revelam o estresse e o individualismo de cada um no dia-a-dia.
O espetáculo idealizado pelo grupo Estação do Circo conta com a participação do grupo Urze Cia de dança.
Classificação etária: Livre
Horário: 19h.
 Entrada Gratuita

domingo, 23 de maio de 2010

Teatro Imagem

Oficineiro
Filippe

Presentes
Lucas
Ricardo (Pai)
Nádia
Hilde
Murilo
Guilherme (Pancada)

Sobre o Tema

Em minhas buscas pelo novo no teatro, mesmo no pouco contato que tive com o fazer teatral, descobri coisas interessantes e belezas inexplicáveis no improviso e na liberdade criativa do teatro em grupo.
Lendo um pouco sobre Augusto Boal, encontrei algumas definições e maneiras de conduzir esta criatividade para temas de peso mais social e menos "entretenimento", o que de fato é importante para um grupo tão representativo como o Acaso (mesmo que ainda em pequena escala). Desta forma, separei algumas frases de minha pesquisa que esboçam um pouco do que aprendi e pude passar ao grupo na oficina de terça da semana passada, dia 18/05 (desculpem o atraso pra publicar):

"O Teatro do Oprimido é teatro na acepção mais arcaica da palavra: todos os seres humanos são atores, porque agem, e expectadores, porque observam. Somos todos espect-atores. O teatro do Oprimido é uma forma de teatro, entre todas as outras."

"A imagem do real é real enquanto imagem."

"Somos todos atores, até mesmo os atores."

"Teatro pode ter várias formas. Alguns, assistimos paralisados: o teatro da guerra, o teatro do crime, o teatro das paixões humanas."

Deixando então a imaginação fluir e, me baseando nos jogos propostos pelo Boal (no livro citado na bibliografia ao final deste texto), adaptei os exercícios ao Acaso e ao tempo (curto) que tinha para ministrar esta oficina. Sei que é necessário muito mais dedicação e tempo para se discutir algo tão profundo como o teatro proposto pelo Boal, mas eis o que se deu...

O Exercício
Primeiro Momento:
Trabalho corporal aguçando o conhecimento do corpo, trabalhando músculos e atentando à energia gasta em cada ponto do corpo para diferentes movimentos. Para isso, foi proposto que os atores andassem pelo espaço cenico e se abaixassem para pegar objetos no chão, devolvendo-os em seguida, atentando ao trabalho corporal necessário para fazer estes movimentos.
Fez-se também um exercício de memória, em que os atores deveriam lembrar de momentos daquele dia, da cor da roupa do outro ou mesmo de quantas pessoas estavam presentes. Vale dizer que poucos acertaram as perguntas, o que indica que precisamos de mais exercícios de memória e concentração - o que ficou proposto como atividade diária: prestar atenção e buscar lembrar do dia antes de dormir.
Por fim, foi proposto que os todos deixassem de raciocinar de forma comum e passassem a pensar em imagens, apenas. Todos os pensamentos deveriam ser traduzidos em imgens.
Neste momento aconteceu algo interessante: ao pedir que as pessoas pensassem em problemas sociais e imagens de opressão com a qual tinham contato, muitos fecharam a cara na hora e esboçaram sinais claros de tristeza. Questinamentos que surgiram? Realidades vividas? Não sei. Isso fica no interior de cada um que estava lá e isto é importante, já que ao longo da oficina fomos desenrolando estes pensamentos (imagens) e ao final, todos já estavam de volta a si, porém mais conscientes daqueles problemas.

Segundo Momento:
Discussão! Este foi um dos momentos mais importantes da oficina: gerar discussão em torno de problemas sociais, baseados, claro, no que vivemos e vemos na sociedade em que estamos inseridos. Obviamente muitos problemas comuns surgiram, mas o objetivo era chegar a um consenso sobre o que falar. Qual o problema social que incomoda a todos? Qual a imagem mais opressiva que me vem à mente ao pensar na sociedade?
Depois de um tempo de debate e bastante pressão (proposital) da minha parte, escolheram o tema: pobreza. Chega a ser obvio, mas alguém discorda que este é um tema que incomoda a todos? Nada mais justo.
Quero deixar claro que não induzi nenhum pensamento ou mesmo sugeri qualquer tema ou imagem opressiva naquele momento. A pressão que exerci era em função do tempo curto que tinhamos e da proposta de "sentir a opressão". Decidido então o tema, fomos para a cena!

Terceiro Momento:
Primeiro, os espect-atores formaram a imagem da opressão que escolheram: a pobreza. Um a um, foram complementando ou modificando a cena até que esta representasse a opinião do coletivo de como era a imagem real (quase-estática) daquela situação.

Depois, pedi para que modificassem a cena de modo que aquela imagem opressiva fosse transformada em uma imagem na qual a opressão houvesse desaparecido. Assim, formou-se a imagem ideal, oposta à imagem real criada anteriormente.


Em seguida, propus que voltassem à primeira cena (opressiva) e lentamente transitassem da imagem real para a imagem ideal. Num dado momento, pedi para que congelassem a cena e que se observassem, tentando identificar o que havia mudado da primeira imagem para chegar à segunda, criando assim uma imagem de transição.



(Notem que as imagens de transição são bastante próximas da imagem real, já que apontam os primeiros caminhos para sair de uma e alcançar a outra)



Por fim, mais uma pequena discussão sobre o tema escolhido e sobre como modificamos a imagem real para chegar à imagem ideal, atentando bastante à imagem de transição.

Por que isso tudo, Cabeção?
Busquei com esta oficina, transmitir um pouco do que li sobre o Teatro do Oprimido, do Boal. Dentro da teoria existe algumas divisões e formas de se falar do oprimido, dos problemas sociais, do mundo, enfim... Escolhi o teatro imagem porque achei que era o mais direto naquele momento, para que as pessoas refletissem sobre um problema social sem as discussões fervorosas e infindáveis que nunca chegam em lugar algum além de deixar um rastro maior de questões.
De fato a idéia se concretizou e se mostrou bastante efetiva. Em um extremo colocamos o problema, no outro excluímos o problema, no meio representamos a solução. Obviamente não encontramos a solução de fato para a sugestão opressiva que escolhemos, no caso a pobreza, mas pudemos traduzir isso em movimento, em ação cenica, em mudança de fato, mesmo que dentro do espaço cenico. Ora, isso não tem embutido em si o seu valor social concreto? E se dalí fossemos representar aquela cena nas ruas? Quantas pessoas entenderiam e passariam a ver o problema de outra forma e, daquele momento em diante, mudariam de atitude frente àquela imagem opressiva sempre que a visse na rua?
Creio humildemente então que esta tenha sido uma experiência enriquecedora e, mais do que isso, modificadora. Algo fundamental ao teatro.

Grato sempre ao Boal por isso!

Bibliografia: Jogos para atores e não atores / Augusto Boal (1939-2009) - 13° ed.

"O intelectual é aquele que diz algo simples de forma complicada, o artista é aquele que diz algo complicado de forma simples." (Bukowski)

EVOÉ!

O jogo sentido X imagem na cena

Oficineiro: Nádia Stevanato

Presentes:
André
João
Hilde
Pancada
Pai
Filippe

Ainda na linha da oficina do Wilker, que iniciava a discussão sobre apresentação e representação, esta teve como objetivo lançar uma experimentação - em forma de "fazimento de cena" -
a respeito dos aspectos do sentido e da imagem de uma cena.
Todos se deitaram e relaxaram ao som de Maria Bethânia. O relaxamento fundamentou a respiração como ferramenta de relaxamento - o que não é novidade eu sei - mas exercitando a imaginação (de imagens, saca? rá) e a consciência corporal.
O relaxamento caminhou para um reconhecimento do espaço e no aquecimento sentimental dos membros pela história do Acaso e pelo espaço que o grupo ocupa desde 2008.
Livres e soltos, alguns textos contribuiram para que o pessoal improvisasse uma representaçãpo: Monólogo de Orfeu e Poética I de Vinícius de Moraes e trechos do livro Água Viva da Clarice Lispector.
Algumas particularidades foram notadas, como o tirar e colocar o texto- base nas ceninhas criadas influenciar no sentido da imagem que se criou.
Depois foi a vez de improvisos com objetos com a única instrução: faça alguma coisa com isso. Vestidos com roupas recém doadas pelo GAG (Grupo Amor em Gotas - obrigada pessoal! O Acaso vai usar cada peça muito bem!!) um objeto e uma folha de papel, a galera criou cenas
maravilhosas!
Por fim, delimitamos um palco e juntamos tudo de uma forma bastante peculiar. Cada um pôde observar o aparecimento de ritmo e fluidez que se cria espontaneidade em cena. Veja as fotos :




quarta-feira, 19 de maio de 2010

Palhaçadas

Presentes:

Hilde
Itu
Nadia
Murilo
Pancada
Wilker

Conteúdo
Palhaços são sinceros e generosos. A partir do momento em que o
palhaço acredita que ele é alguma coisa, não importa o que faça, sua
sinceridade transparece e ele realmente é aquilo. Trabalhamos isso com
pequenas cenas durante a primeira parte da oficina onde eu dizia "voce
é uma formiga com diarreia" a pessoa tinha que acreditar naquilo e ser
aquilo.
A generosidade foi trabalhada nos movimentos, ser generoso com seus
movimento significa fazer tudo "grande".
A alegria estava presente na musica, dança e brincadeiras, pq a parte
mais importante de ser palhaço é a alegria.

Fotos por Ricardo Piazza


terça-feira, 11 de maio de 2010

O Corpo como Objeto Cênico

Nas terças 26/04 e 03/05 foi trazida ao Acaso a discussão "corpo como objeto cênico". A idéia era pensar no corpo como um dos recursos do ator para gerar significado.


Uma linha de pensamento discutida se baseia em elementos da semiótica.
Semiótica, assim mesmo =D. A palavra vem do grego semeiotiké (arte dos sinais) e refere-se à ciência dos signos, a ciência que estuda a produção de significado através de qualquer sistema capaz de comunicar.

Que?!
Tipo assim, nós falamos, a fala é um sistema sígnico, produz signos os quais contêm significado... nós nos movemos, os movimentos também constroem significado, são outro sistema signíco e podem ser estudados.

A semiótica provê ferramentas de análise para que qualquer sistema capaz de gerar significado seja alvo de estudo.

O ator pode ser entendido como um sistema que produz significado, assim como o teatro em si =D

Podemos identificar pelo menos 3 elementos óbvios pelos quais atores produzem significado: o corpo, a voz e o texto. Aqui percebemos a importância do ator! Ele é o meio pelo qual três sistemas - independentes - se combinam na produção de significado.

Legal, mas para que a semiótica?!
Ok, vamos primeiro deixar claro que por enquanto este é um estudo somente do corpo! E vamos restringir um pouco mais, é o estudo do corpo parado, como se fosse uma imagem.
A semiótica nos dá três ferramentas básicas que são as idades do pensamento. Descreve modos distintos da produção de significado.
Tento aqui um resumo delas!
Primeira idade) é a apresentação de um texto (entenda qualquer coisa como texto, uma cena, uma palavra falada, um objeto qualquer, etc.) e o entendimento derivado de uma análise superficial deste.
Segunda idade) são fatos incontestáveis sobre aquilo que foi apresentado, geralmente é composto de ações (verbos), conclusões óbvias e comum à maioria das pessoas.
Terceira idade) é a representação de um texto, desperta pelo cognitivo de cada observador, o significado agregado ao que foi apresentado graças à experiência de cada observador.

Exemplificando...
 texto: uma maçã bem vermelha sobre uma mesa
1ª é a maçã em si, um formato mais ou menos arredondado, achatada no topo, com um pequeno talo, vermelha, lisa
2ª é a maçã madura, a maçã sobre a mesa, ganhando sabor com tempo até que começará a apodrecer e mudará de cor, é a maçã parada que ainda não foi comida
3ª pode ser o pecado de Adão e Eva, o amor entre duas pessoas, um parque de diversão, algodão doce, roda gigante, solidão, etc...

Então o corpo - estático - foi estudado no nível da Apresentação (1ª idade) e da Representação (3ª idade).
Estas oficinas foram o primeiro contato com esta divisão e por isso nos limitamos a identificar e aprender a lidar com tais níveis de significação, por isso, tentamos mantê-los bem separados. No futuro trabalharemos a 2ª idade e o potencial comunicativo da fusão das 3 através do ator.

Primeira grande conclusão - importantíssima - na geração de significado através da Representação, a platéia contribui com experiência de vida, eles são o elemento cognitivo! Não existe comunicação através da representação se os observadores (a platéia) não tiverem a chance de pensar a respeito do que vêem!
Isso quer dizer que não existirá representação universal de um texto! As referências de cada observador contribuirão na construção do significado. E isso não é ruim, ao contrário, essa é a beleza da arte de representar! E é por isso que exige estudo! O ator não força a platéia, ele a conduz numa linha de raciocínio.

Mais!!!

A apresentação dá ao ator as referências óbvias para a platéia enquanto a representação mexe com o interior de cada um.
Conclusões: para representar algo, não necessariamente o referido algo precisa ser mencionado ou apresentado. Nesta linha foram feitos exercícios que separam  apresentação e a representação. Os atores foram instruídos a abstrair ao máximo quando representando, tentando evitar elementos de apresentação, como se no momento nossos corpos somente pudessem manipular uma ferramenta de significado por vez.

Um dos exercícios foi a produção de imagens (com o corpo) que ora apresentam , ora representam uma cena (objetos físicos dispostos pelo oficineiro ou imagens de quadro). Abaixo vocês podem conferir do que estamos falando =D





















































Presentes: André, Filippe, Hilde, Itu, Marcus, Murilo, Nádia, Pai
Oficineiro: Wilker

 Uma brincadeirinha... porque no teatro podemos Criar tudo =D

Grande abraço!
"por toda parte, e não por acaso"

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quarta Alternativa dia 12/05

Aos interessados, aí vai a programação desta Quarta Alternativa no Municipal:

Dia 12 - Oficina “O Chow – A arte de fazer rir” - com a Cia Tokpotok
  Cia-Tokpotok
 O palhaço é o artista mais antigo e popular do circo, é sinônimo de alegria e de hilárias situações, entretanto, esse artista que transmite alegria sem fim a crianças de 0 á 100 anos, muita vezes deixa de ser lembrado e citado dentro da história da trajetória da arte, esses artistas já fizeram a alegria de milhões de pessoas e merecem ser lembrados por todas as gerações, por isso, pretende-se transmitir aos participantes desta oficina  conhecimentos que irão  além de trapalhadas, cambalhotas e maquiagens coloridas. Neste espaço serão lembradas as bonitas e surpreendentes trajetórias que fizeram esses grandes artistas da alegria.
Todos nós temos um palhaço escondido. Com a criação e desenvolvimento do próprio palhaço aprende-se a lidar com as características mais intrínsecas, fazendo com que, desta forma, as situações mais difíceis e complicadas se tornem mais simples e comuns do que se imagina.
Classificação etária: Livre
Horário: 19h

Entrada Gratuita

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Terça passada (20/04)

Oficina de Tempo de Grupo.

A oficina foi dada em duas partes: A primeira, dada pela Hilde, consistia em brincadeiras infantis como "siga ao mestre" e "jogo dos espelhos", com algumas modificações. O intuito era cada um prestar atenção no outro e no todo para que se conseguisse o tempo de grupo. Na segunda parte, dada pelo Wilker, foram feitos exercícios tentando extrair do subconsciente o tempo de grupo, começando com um som de relógio para guiar os movimentos e terminando de olhos fechados e sem qualquer marcação.
Ao fim, o grupo foi colocado em roda e era preciso jogar uma bola para outra pessoa repetindo sempre o mesmo movimento. O objetivo era incluir todos no jogo e por fim, fazer uma história.

Oficineiros: Hilde e Wilker.

Terça 13/04

Nada havia sido escrito sobre dia 13/04 pois estava como surpresa para outros membros do grupo.
Fizemos uma bela dura organização do espaço. Arrumamos bem arrumadinho o ármário onde estão nossas coisas e fizemos um calendário dos próximos encontros e eventos do grupo até o final do semestre. Está colado na parede do salão cultural do caaso para quem quiser ver.

Organização é tudo!
 
E vamo que vamo para a ata das próximas.

"VÁ AO TEATRO!"