A ocasião marcou o encerramento das atividades do grupo em 2009 e por isso não havia lugar mais apropriado para ser apresentado do que entre parceiros. O Janela Aberta nos recebeu na primeira edição do espetáculo, em 2008, quando o grupo teve a idéia de encerrar o ano com uma montagem mais intimista e que trouxesse a platéia para dentro da cena. A fórmula foi repetida em 2009. No Acaso II, gentilmente recebidos fomos nós e também o foi a platéia, que literalmente pôde se sentir em casa e de Janela Aberta.
O grupo vê o espetáculo como uma oportunidade de colocar os amantes da arte, atores e platéia, no mesmo espaço, compartilhando do mesmo chão, da mesma luz e vivendo o que sentimos com a mesma intensidade.
No Acaso, grupo e peça, os atores estão e vão por prazer; pelo prazer de fazer parte da arte e de compartilhá-la com quem tiver os sentidos dispostos. Se a intenção era olhar nos olhos e ter como resposta emoção à flor da pele, parece que conseguimos!
Depois do espetáculo, mais um presente: um delicioso debate sobre a cena cultural são-carlense, especialmente a cena teatral, e o papel do grupo. Disso tudo tiramos uma grande certeza para 2010: muito trabalho pela frente!
Nosso desejo é fazer muito pela arte da cidade e de receber dela esta energia que nos move, esta mesma da qual nos encharcamos no Acaso. Claro que não estaremos sozinhos! Estamos juntos de todos aqueles que têm esse objetivo. E que no Acaso III tenhamos muito mais a mostrar. E que venham os demais, IV, V e VI, até que não faça mais sentido contar!
"é só o Acaso que uniu aqui os olhos da Beleza com os olhos da Espera" (Wilker Aziz)
E pra garantir um bom começo de ano, fomos contemplados com esta linda homenagem de um grande amigo e mais novo membro do grupo ACASO:
Ao Acaso
No mito, o teatro o acaso criou.
Reles carro palco divino vira,
lugar onde se expõe o afago e a ira
que a tinta dos poetas capturou.
No fato, o Acaso o teatro gerou.
De paixão nutridos – não é mentira! –
atores renhidos tangem a lira
da musa que mais fundo lhes tocou.
Passo a passo, o grupo rompe o descaso
de um contexto pouco propício à cena.
Unir destreza e paixão é seu azo.
– Evoé! e sorridente o deus acena.
Oxalá nunca o ocaso atinja o Acaso!
Que a coisa teatral lhe seja plena!
(de Renato Capella - http://opitaqueiro.blogspot.com/)
Então é isso! Por agora, Feliz 2010 com muito teatro para todos nós!
EVOÉ!